quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O fonoaudiólogo no hospital

ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA HOSPITALAR: O principal objetivo da Fonoaudiologia Hospitalar é apoiar o diagnóstico do médico no que diz respeito a informações precisas sobre a aquisição e desenvolvimento dos padrões de articulação, fluência, linguagem (oral e escrita), voz e audição.
Objetivos específicos: O Programa de atuação Fonoaudiológica Hospitalar tem a finalidade de:
 Promover saúde fonoaudiológica: Prevenir e eliminar fatores que interfiram na aquisição e desenvolvimento da comunicação, na suposição de que essas alterações possam se desenvolver em estágios progressivos de severidade;
 Atendimento e encaminhamento precoces: Diagnóstico, intervenção e tratamento precoces bem com desenvolver Programas de orientação, incentivo e conscientização da importância do atendimento precoce;
 
Proporcionar a máxima competência comunicativa para o portador de patologias fonoaudiológicas (tratamento especializado para diversas patologias);
 
Participação em equipe multiprofissional: Assessoria fonoaudiológica, apoio ao diagnóstico médico, discussão de casos;

Os atendimentos  podem ser divididos em setores a seguir: 
1)     Atendimento no leito: Serão atendidos os Setores de Geriatria, Pediatria, Oncologia, Cabeça e pescoço, UTIs, Neurologia, etc): Tem por objetivo auxiliar o atendimento de pacientes hospitalizados, contribuindo para a melhora do quadro clínico, diminuição dos riscos de seqüelas e reinternações, no que se refere à: 

 
Avaliação e intervenção dos casos de disfagia, refluxo gastro-esofágico, suporte nos casos de necessidade do uso de sondas e alta da alimentação por gavagem;
 Avaliação e intervenção terapêutica de linguagem: casos de afasia pós AVC e alterações da articulação, voz e audição;
 Encaminhamentos dos casos que necessitem de exames especializados;

2)     Neonatologia: Programa específico para recém-nascidos (RN): RN de risco, RN com alteração de Sistema Sensório-motor oral e funções neuro-vegetativas.

A Atuação em berçário de alto-risco tem como objetivos:
-          Promover a maturação das estruturas oro-faciais: adequação do sistema sensório-motor-oral e função de alimentação;
-          Habilitar o bebê a se alimentar por via oral;
-          Melhorar condições clínicas contribuindo   para   o   ganho   de   peso  e desmame da sonda;
-          Favorecer a alta hospitalar;
-          Favorecer o desenvolvimento futuro de fala, linguagem e audição;
-          Prevenir, detectar e minimizar as alterações neuro-psico-motoras;

Por meio de:   Estimulação de sucção nutritiva e não-nutritiva; Apoio familiar: Programas de incentivo ao aleitamento materno e orientação quanto à alimentação, desenvolvimento de linguagem e audição; Triagem auditiva Neonatal;

População alvo:
-          Recém nascidos pré-termo;
-          Bebês com refluxo gastro-esofágico;
-          Bebês fissurados;
-          Bebês Sindrômicos e malformações em geral;
-          Bebês que apresentem comprometimento na alimentação independente;

3) Atendimento Ambulatorial: objetiva o atendimento clínico específico das alterações de linguagem, voz, sistema sensório-motor-oral, articulação e fluência, por meio de:
 
Realização de triagens de todos os casos;
 Encaminhamento dos casos para clínicas e/ou ambulatórios de especialidades;
 
Programas de orientação quando a terapia não for indicada de imediato;
Intervenção imediata através de terapias aos portadores de patologias instaladas, de forma individual e/ou em grupo;
População alvo: bebês, crianças, adultos e idosos.
Patologias afins:

  •      Alterações de voz;
  •   Alterações na fluência;
  •     Alterações de linguagem;
  •      Alterações neurológicas;
  •       Alterações de aprendizagem;
  •        Deficiências auditivas;
  •       Deficiência mental;
  •        Paralisias cerebrais;
  •        Síndromes e malformações;
  •        Disfagias mecânicas e neurogênicas;
  •        Paralisia facial;
  •        Laringectomias (parcial e total)

4) Atendimento audiológico: Objetiva a avaliação, diagnóstico e tratamento de alterações da função auditiva através de:
 Audiometria;
 Imitanciometria;
Emissões otoacústicas;
 Teste e indicação de prótese auditiva;
Reabilitação;
Avaliação e terapia de Processamento auditivo central;
Programa de conscientização da importância da audição e da deficiência auditiva;
O trabalho do fonoaudiólogo e hospitais tem por finalidade acompanhar o paciente e distintas áreas, fazendo parte do corpo clínico.

5)  Setor de Neurologia: O fonoaudiólogo avalia o paciente que teve como conseqüência de embolias,      enfartes, tromboses, aneurismas, tumores, ferimentos por quedas ou armas de fogo, afasia, etc. Em seguida, o terapeuta traça o tratamento planejado de acordo com o nível   de instrução do paciente, suas preferências pessoais e grau de perda  verificado. Orienta os familiares quanto se pode ajudar, estimular e incentivar o afásico, ao sair do hospital. Em caso de paralisia facial ideopática (quando há compressão do nervo) há indicação da intervenção cirúrgica e atuação fonoaudiológica.  

6)  Setor de Otorrinolaringologia: O fonoaudiólogo poderá acompanhar os pacientes nas diferentes intervenções na área de patologia vocal/disfonias (nódulos, pólipos, carcinomas, laringectomias..), disfagias (alterações no processo de deglutição) e alterações auditivas (má formação do aparelho auditivo, implantes cocleares, protetização, etc...). Orientando o paciente e familiares, condutas facilitadoras para a recuperação e posterior tratamento fonoaudiológico.

  7)  Setor de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial: A cirurgia ortognática corrige as desproporções     maxilomandibulares  e, associada à ortodontia corrige as posições dentárias em fase pré e pós-cirúrgica. A fonoaudiologia atua então na reeducação da forma, restabelecendo as funções estomatognáticas.

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