A proteção das vias aéreas verificada durante a deglutição não é uma simples dependência da ação mecânica de estruturas anatômicas. Esta proteção que se verifica durante a fase faríngea da deglutição se dá por interações funcionais que envolvem de modo coordenado, tanto o sistema digestivo quanto o respiratório. É importante que não se perca de vista que esta proteção é o resultado de um jogo de pressões e resistências que se sucedem e combinam em concomitância com a passagem do bolo a ser conduzido pelo sistema digestivo e evitado pelo respiratório.
É possível identificar dois tipos distintos de proteção para as vias aéreas. Um no qual a proteção das vias aéreas resulta da interação pressórica entre o bolo em progressão e a dinâmica das estruturas que se reorganizam durante a passagem do bolo; e outra cuja proteção se dá de modo aparentemente passivo graças às características anatômicas regionais e a ação da gravidade.
MECANISMOS DE PROTEÇÃO DAS VIAS AÉREAS DEPENDENTES DE AÇÃO PRESSÓRICA / RESISTÊNCIA
Direcionam o bolo por ação pressórica e diminuição da resistência digestiva (mecanismos de ação indireta) e nos que determinam aumento ativo da resistência das vias aéreas e que podem ser divididos em mecanismos laríngeos e em apnéia preventiva.
MECANISMOS DE AÇÃO INDIRETA
A ejeção oral, associada a uma dinâmica faríngea capaz de impedir dissipação pressórica, a elevação e anteriorização do hióide e da laringe, adequadas em amplitude e tempo, associadas a abertura da transição faringoesofágica e em sincronismo com a ejeção oral, são fases da deglutição cuja eficácia, atua na condução do bolo alimentar e na proteção das vias aéreas.
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